domingo, 31 de agosto de 2008

Sobre processo eleitoral para Gestão do CASS/PUCSP: Até lá, a "festa da democracia" se faz presente.

Durante todo esse tempo, nós, que defendemos a autogestão, fomos taxados como oportunistas (?!), ativistas autárquicos (??!), sedutores (???!) e etc.

Surpreende-nos tamanha criatividade vinda dos nossos colegas (os que disputavam pelo Centro Acadêmico) para criar nomes divertidos e com significados tão inconscientes que nem Freud explicaria. É uma pena que tamanha criatividade não tenha sido explorada para a prática e para as atividades de fato necessárias a todos nós, estudantes do Serviço Social.

Enquanto os nomes e as taxações eram inventadas, preocupávamos com o desenvolvimento político e participativo dos estudantes; preocupávamos em inserir nas discussões o maior número possível de pessoas. Enquanto as disputas entre as Chapas rolavam, buscamos socializar o conhecimento, apoiar e articular atividades propostas por diversos estudantes, apoiadores da autogestão ou não. O resultado?Mais positivo do que esperávamos!

Não venho aqui apresentar-nos a vocês como se fossemos livres de todo egoísmo e narcisismo que as Chapas demonstraram em 90% das vezes, mas temos convicção de que nossa proposta não foi (e não é) formar números e votos através de slogans, nomes convidativos (e nenhum pouco criativos- falharam nisso!) e de artes gráficas coladas nas paredes das salas de aula. Nosso nome é nosso, de sujeitos, cada qual com sua individualidade, anceios e não de um grupo que se reduz ao disputar um poder. Damos ênfase a construção de um movimento, e não a construção de cargos burocráticos.

Pois bem...uma Chapa (carinhosamente apelidada por "O monopólio das Marietes, ou Marietas"- porque até a Executiva é o alvo!) venceu. Muitas pessoas perderam, outras se satisfizeram...
É importante colocar aqui os números então, para que não sejamos novamente taxados de oportunistas, inventores da verdade e manipuladores das idéias:79 chapa "vencedora",63 auto gestão,31 chapa pão e rosas,22 votos nulos,01 voto rasurado.
Se formos pensar em democracia, já que tanto gostamos de falar nela, podemos perceber que o número de rejeição à Gestão Maria foi maior que o número de adesão, ou seja, comemorar que poder? que popularidade? que democracia?
Enquanto a gente ocupa e causa a discussão política, independente de eleições, o pessoal quer apontar o dedo na cara de quem pensa e assume que não se sente representado por pessoas que nos taxam de várias coisas que nem sabemos os reais significados.

Porque falar em coletivo, todo mundo sabe, agora, na hora de limpar o chão, e repassar as idéias, somos nós, autárquicos, oportunistas, sedutores festeiros e loucos que nos dispomos a fazer, e reconheçam, fazemos bem, sem falsa modéstia.

Mas a festa em comemoração ao processo... Foi nossa! Com breja, inadimplentes, solidariedade e política! Nossa, sim!!! dos estudantes que querem de fato que algo aconteça e não só da porta pra dentro através de abstrações, e somente depois das eleições.

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