Surpreende-nos tamanha criatividade vinda dos nossos colegas (os que disputavam pelo Centro Acadêmico) para criar nomes divertidos e com significados tão inconscientes que nem Freud explicaria. É uma pena que tamanha criatividade não tenha sido explorada para a prática e para as atividades de fato necessárias a todos nós, estudantes do Serviço Social.
Enquanto os nomes e as taxações eram inventadas, preocupávamos com o desenvolvimento político e participativo dos estudantes; preocupávamos em inserir nas discussões o maior número possível de pessoas. Enquanto as disputas entre as Chapas rolavam, buscamos socializar o conhecimento, apoiar e articular atividades propostas por diversos estudantes, apoiadores da autogestão ou não. O resultado?Mais positivo do que esperávamos!
Não venho aqui apresentar-nos a vocês como se fossemos livres de todo egoísmo e narcisismo que as Chapas demonstraram em 90% das vezes, mas temos convicção de que nossa proposta não foi (e não é) formar números e votos através de slogans, nomes convidativos (e nenhum pouco criativos- falharam nisso!) e de artes gráficas coladas nas paredes das salas de aula. Nosso nome é nosso, de sujeitos, cada qual com sua individualidade, anceios e não de um grupo que se reduz ao disputar um poder. Damos ênfase a construção de um movimento, e não a construção de cargos burocráticos.
Pois bem...uma Chapa (carinhosamente apelidada por "O monopólio das Marietes, ou Marietas"- porque até a Executiva é o alvo!) venceu. Muitas pessoas perderam, outras se satisfizeram...
Porque falar em coletivo, todo mundo sabe, agora, na hora de limpar o chão, e repassar as idéias, somos nós, autárquicos, oportunistas, sedutores festeiros e loucos que nos dispomos a fazer, e reconheçam, fazemos bem, sem falsa modéstia.
Mas a festa em comemoração ao processo... Foi nossa! Com breja, inadimplentes, solidariedade e política! Nossa, sim!!! dos estudantes que querem de fato que algo aconteça e não só da porta pra dentro através de abstrações, e somente depois das eleições.